October 25

Desconstruir para Reconstruir

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“Quando damos início à construção de uma casa preocupamo-nos com os fortes alicerces, com um bom mate- rial, com uma construção com medidas fidedignas, por- que sabemos que caso algum destes aspectos não for tido em conta, podemos estar a colocar em causa toda a construção. E se por acaso quando estivermos já no mo- mento das pinturas nos apercebermos que a parede está torta, temos que a deitar abaixo para fazer uma nova pa- rede direita. Mas algumas vezes só nos podemos aperceber que ela está torta quando a vamos pintar ou ape- nas quando vamos colocar um quadro e ele ficar também torto...

Por vezes há momentos em que a nossa vida vai seguindo, vamos fazendo coisas e parece que está tudo bem, até que tentamos fazer algo e nos apercebemos que não conseguimos, apesar de até tentarmos de muitas formas diferentes. Mas e se esse insucesso não estiver relacionado com as nossas competências? Ou quando as nossas próprias competências poderem ter sido desenvolvidas segundo uma parede sempre torta? E quando nos apercebermos que sempre acreditámos em algo que nos fez sentido toda a vida, até este preciso momento?”

 

Desconstruir para Reconstruir

De Joana de São João Rodrigues

October 25

Be Positive

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“No último século o estudo da adolescência foi marcado por uma perspectiva focada essencial- mente no deficit, dentro da qual o conceito de desenvolvimento positivo era simplesmente caracterizado pela ausência ou diminuição dos comportamentos problemáticos (Institute for Applied Research in Youth Development, Tufts University, 2016). Esta perspectiva acabou por influenciar as políticas existentes, a investigação e a prática profissional, reflectindo-se na prevalência de medidas usadas por programas e organizações meramente baseadas na avaliação dos comportamentos de risco. Desta forma, no início deste século o desenvolvimento dos jovens era mais definido pela identificação do que deveria ser evitado, do que pela apresentação de indicadores pertinentes de desenvolvimento positivo ou de bem-estar (Moore, Lippman, & Brown, 2004). Como resultado, nas últimas duas décadas, os indicadores positivos do bem-estar das crianças e jovens sofreu melhorias consideráveis (Lippman, Moore, & McIntosh, 2011; O’Hare, 2012).”

 

Be Positive

De Margarida Santos, Teresa Santos, Marta Reis e Equipa \"Aventura Social\"

October 25

Dialética entre LÍderes e Liderados: Partilha de Papéis no Processo de Liderança

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“A importância da liderança nas organizações tem sido ampla- mente reconhecida ao longo dos anos, associando-se ao líder um conjunto de características excecionais que o destacam, por oposição às características que normalmente se utilizam para descrever os respectivos liderados. Consideramos, porém, liderados constituem consequências do processo de liderança e não verdadeiros inputs, cuja influência é determinante na criação da própria liderança. Note-se, no entanto, que visto não ser possível o exercício de liderança sem a existência de liderados, sendo estes, por isso, essenciais para o processo de liderança e para a sua eficácia, o conceito de followership assume uma importância fulcral [1].”

 

Dialética entre LÍderes e Liderados: Partilha de Papéis no Processo de Liderança

De Maria João Velez e Pedro Neves

October 25

O Fim de Psicologia

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“O título refere-se ao vocábulo, não às disciplinas filosófica, médica, científica, artística, nem à profissão, nem à perspicácia natural de alguns para entender os outros e muito menos, à apreciação da expressividade da arte, do artificial e do artificioso. (1)

Entrado que vai o século XXI em que é patente o empobrecimento vocabular, mesmo entre os eruditos, remover uma palavra pode parecer o que, agora, se chama efeito choque. Não se inquietem, há tantos vocábulos começa- dos pelo antipositivo psic(o) (2), que menos um não é de monta. Ele já esta a ser substituído pela série do neur(o). Dir-se-á, talvez, neuro-glio-polis-nomía.(2)

Que giro, recebeu uma mensagem de um colega a veicular, que foi admitido naquele curso. O campo científico assim definido congrega a indagação sobre a pessoa humana, em situação (físico-químico-geo-meteo-urbanística) e em relação (real, virtual ou imaginada) com outra pessoa e as outras pessoas (mortas, vivas, futuras e fantasiadas). Que tudo se tenha de centrar, em última analise, na representação mental é essencial à definição.”

 

O Fim de Psicologia

De Orlindo Gouveia Pereira

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