January 01

Pensar sempre no pior? Ou lidar com a frustração?

EDIÇÃO Nº48 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2019

BREVE EXCERTO

 

“Já ouvi inúmeras pessoas a dizerem que preferem pensar no pior, para caso ele (o pior) aconteça, já não se magoarem tanto. Tendo receio em pensar no que seria melhor, porque depois é mais difícil lidar com a frustração. Mas será efectivamente bom para nós pensarmos e estarmos à espera do pior na maioria das circunstâncias, sem podermos imaginar e criar algumas expectativas de como seria bom se isso acontecesse? Será realmente melhor não lidar com a frustração de não ter conseguido?

Creio que existem aqui diversos aspectos importantes a serem tidos em conta: que o poder das expectativas, da visualização, da motivação intrínseca, da crença de se conseguir, vai influenciar a concretização e que se pode aprender a lidar com a frustração.

Existem inúmeros estudos que apontam que o poder da crença tem um grande peso na conquista que se pretende (terminar uma maratona, passar a um exame, ser selecionado, ser correspondido numa relação amorosa...), se nós imaginarmos que vai acontecer, se acreditarmos que não há razão de não acontecer, a nossa atitude e a nossa postura na situação vai influenciar no momento, e de forma mais confiante é mais provável que se consiga concretizar o que se pretende. No sentido contrário, se eu já entrar a acreditar que não vou ser capaz (no sentido de ser preferível acreditar nisso para não sair frustrado), aumento as minhas possibilidades de não conseguir.“

 

Pensar sempre no pior? Ou lidar com a frustração?

De Joana de São João Rodrigues

January 01

Origem das Mentiras em Terapia

EDIÇÃO Nº48 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2019

BREVE EXCERTO

 

“Cada vez mais a investigação tem recaído sobre as características dos pacientes e as características do terapeuta como factores chave no que diz respeito aos resultados da psicoterapia.

Se, por um lado, as características do terapeuta se mostram cruciais no bom início e desenrolar terapêuticos, nomeadamente na criação e manutenção da aliança terapêutica, por outro lado, as características do paciente não se mostram menos importantes, fazendo variar o funcionamento da terapia através da sua motivação, trabalho introspectivo semanal e, mesmo, a sua rigidez esquemática aplicada ao pensamento sobre si próprio.

É certo que o terapeuta trabalha com o paciente mediante os objectivos pré-estabelecidos, de acordo com a descrição da queixa e da história de vida relatadas pelo paciente, bem como pelos relatos das experiências de vida do paciente ao longo da terapia. Assim, o terapeuta só sabe o que o paciente lhe conta, dependendo destas informações para iniciar e desenrolar, da melhor forma, o processo terapêutico.

E se o paciente mentir? Se omitir informação? Se diversas experiências não forem contadas? E se o terapeuta não conseguir proporcionar segurança ao paciente? Se não for ao encontro do que este necessita?“

 

Origem das Mentiras em Terapia

De Tiago A. G. Fonseca

January 01

As minhas emoções a mim me pertencem

EDIÇÃO Nº48 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2019

BREVE EXCERTO

“É com relativa facilidade que atribuímos a responsabilidade pelas nossas emoções aos outros. Se por um lado esta atribuição permite uma demissão da responsabilidade em relação ao que sentimos, por outro lado, traz consigo a perda de controlo e de comando sobre a nossa vida na medida que é ao outro que é dado o poder pelas nossas emoções e reações.

Ao afirmarmos “ Tu irritas-me com o que dizes/fazes”, estamos a funcionar a partir dessa lógica, numa procura de um culpado no mundo externo para as nossas emoções, perdendo assim a oportunidade de olharmos para nós mesmos.

Do mesmo modo, quando alguém próximo não se sente bem, facilmente também nos podemos sentir responsáveis e procurar a todo o custo resolver esse sofrimento, como se a solução para essa dor alheia estivesse nas nossas mãos. Assumirmos a responsabilidade pelas emoções dos outros poderá também gerar mal estar e culpabilidade e ser igualmente pouco eficaz, tal como é arranjar culpados para o que sentimos.“

 

As minhas emoções a mim me pertencem

De Joana Simão Valério

January 01

Processo de Divórcio: "As Feridas e a Cura"

EDIÇÃO Nº48 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2019

BREVE EXCERTO

“O presente artigo tem como objectivo primordial a partilha da vivência de dor e sofrimento no processo de separação/divórcio. A abraços com o sofrimento a procura da psicoterapia aparece como uma forma de facilitar a elaboração e recuperação das feridas emocionais inerentes a todo o processo de perda.

O interesse do tema resulta do facto de a separação amorosa despertar na maioria das vezes muita curiosidade, uma vez que grande parte dos seres humanos ter já vivenciado a experiência de perda amorosa. E mesmo quando a vida a dois se torna insuportável, o divórcio não é uma solução que se toma de ânimo leve. O processo pode ser longo e provoca mudanças que podem ter um carácter doloroso. O fim de uma relação implica também divorciar-se de muitos sonhos e despedida de alguns projectos.“

 

Processo de Divórcio: “As Feridas e a Cura“

De Tânia da Cunha

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