October 23
Intervenções Psicoterapêuticas Empiricamente Validadas para a Ansiedade e a Depressão
EDIÇÃO Nº13 | AGOSTO - SETEMBRO | 2013
BREVE RESUMO
”Segundo o mais recente Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, e de acordo com os dados divulgados pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, cerca de 23% dos adultos que recorrem a consultas no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários apresentam um problema de saúde mental: desses, aproximadamente 17% apresenta uma perturbação ansiosa e cerca de 8% apresentam uma perturbação depressiva; de entre estes, cerca de 34% não recebem qualquer tratamento. Estes dados, em comparação com os dados obtidos noutros países, evidenciam que Portugal é o país da Europa com maior prevalência de problemas de saúde mental, com taxas de prevalência ao nível das obtidas nos Estados Unidos da América. Se, para além destes aspetos, considerarmos que muitas pessoas com problemas de saúde física apresentam, também, problemas de saúde mental, e que as pessoas com problemas de saúde mental podem também apresentar dificuldades do foro orgânico, importa, ainda mais, otimizar o acesso destas pessoas aos tratamentos, tendo em consideração o seu custo-benefício e os resultados de saúde esperados.
As linhas orientadoras desenvolvidas a nível internacional pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) apontam para a utilização individual da intervenção farmacológica ou psicológica ou para tratamentos combinados (psicológicos e farmacológicos), dependendo da perturbação específica e da sua gravidade. Especificamente em termos das intervenções psicoterapêuticas, para além da necessidade da sua contextualização no âmbito da organização específica dos serviços de saúde em que as mesmas são desenvolvidas e do sistema de saúde em que esses mesmos serviços se integram1, dois outros aspetos particularmente relevantes devem ser considerados quando da seleção da intervenção mais adequada: as evidências nas quais as mesmas se baseiam e a possibilidade de desenvolver estas intervenções de acordo com um modelo de cuidados faseados.”
Intervenções Psicoterapêuticas Empiricamente Validadas para a Ansiedade e a Depressão
de Marina Carvalho