October 24

As Bases Humanas da Inovação

EDIÇÃO Nº18 | ABRIL - MAIO | 2014

BREVE EXCERTO

“O actual discurso político e económico faz um forte apelo à capacidade nacional para inovar e empreender em todas as frentes da actividade empresarial e social. Eis alguns exemplos: estimulação da pequena iniciativa privada em iniciar novos negócios; estratégia de internacionalização por parte dos grandes e médios grupos empresariais; existência de recursos relativamente importantes para apoio à inovação e investigação científica e aplicada; incitamento à inovação social e comunitária; e multiplicação de iniciativas internas nas empresas, para captação da criatividade individual e intraempreendedorismo. 

A inovação e o empreendedorismo há muito que são considerados um motor do crescimento e desenvolvimento económico e social, mas o alinhamento quase ideológico que actualmente se verifica em torno destes agentes deriva largamente da situação de crise profunda em que o país mergulhou desde 2008. Mais do que impulsores do crescimento económico e social numa situação “normal”, a inovação e o empreendedorismo personificam, deste modo, os salvadores que um dia emergirão das brumas do tempo para resgatar todo uma nação que parece navegar sem rumo.“

 As Bases Humanas da Inovação

de Jorge F.S. Gomes

October 24

A Inteligência das Multidões

EDIÇÃO Nº18 | ABRIL - MAIO | 2014

BREVE EXCERTO

”Muita da experiência que tenho obtido no desenvolvimento de projetos com grupos grandes tem vindo a reforçar o contraste entre a eficácia obtida e a visão que o senso comum tem do coletivo, ou mesmo que a ciência tem das multidões. Com efeito, em todas as disciplinas que tive de psicologia social, tudo andava à volta dos pequenos grupos, já que os grupos grandes e as multidões eram vistas como turbas que se dei-xavam levar pelas emoções, incapazes de raciocinar ou de fazer algo inteligente. Com efeito, pouco mais havia sobre a psicologia das multidões que as obras de Nietzsche, que via a loucura como uma exceção do indivíduo mas uma regra nos grandes grupos; David Thoureau, que considerava que as massas nunca chegam ao nível dos seus melhores membros, degradando-se até ao nível dos piores; e, claro, Gustave Le Bom, que dissertou sobre o comportamento lunático das multidões.

Assim, foi com surpresa e satisfação que, graças ao advento da Internet, comecei a encontrar literatura que apresentava uma visão completamente diferente daquela que tinha. Um livro interessante é, sem dúvida, o de James Surowiecki, The wisdom of crowds, que começa por relatar uma história que se terá passado com Sir Francis Galton, considerado o fundador da psicologia. ”

 A Inteligência das Multidões

de Fernando Cardoso de Sousa

October 24

100 Anos Depois Onde Está Watson?

EDIÇÃO Nº18 | ABRIL - MAIO | 2014

BREVE EXCERTO

”John B. Watson nasceu em 1878, um ano antes de Wilhelm Wundt ter fundado o célebre laboratório de Psicologia experimental na Universidade de Leipzig, e quatro anos após o primeiro artigo de Wundt sobre os Princípios de Psicologia Fisiológica. Watson cresceu durante o emergir dessa nova disciplina, que procurava adquirir o estatuto de ciência, lutando contra o fantasma da subjetividade. Wundt já tinha alertado para esse problema e para a necessidade de a psicologia 

recorrer a metodologias objetivas. Também William James, outro pioneiro, tinha manifestado idêntica preocupação ao considerar que o estudo de processos não conscientes era um campo minado (“a tumbling ground for whimsies”, 1890, p. 163) para a afirmação da psicologia como ciência. Numa altura em que, aproveitando os ventos do positivismo e da revolução industrial, várias novas ciências se afirmavam ou se redefiniam, como a física ou a biologia, a ideia de poder estudar os processos mentais com o necessário distanciamento entre investigador e objeto de estudo era essencial para poder aspirar ao estatuto de disciplina científica. Contudo, o principal problema da Psicologia nessas primeiras décadas de existência era o método escolhido – a introspeção, ainda que fosse denominada introspeção experimental numa tentativa de aproximação às ciências empíricas. Apesar dos esforços de Wundt, com formação em fisiologia e forte componente experimental, a tentativa de estudar a mente humana a partir, apenas, da parte consciente a que temos acesso, estaria sempre limitada a uma parte da história. Porque na realidade não temos acesso consciente aos processos mentais em si, mas apenas ao seu resultado, por exemplo aos pensamentos que a cada momento emergem, o célebre “stream of consciousness” referido por James (1980). E esse resultado dos processos mentais é, por sua vez, afetado pelo próprio facto de se tornar consciente.” 

 100 Anos Depois Onde Está Watson?

de Patrícia Arriaga & Francisco Esteves

October 24

Espelho meu, Espelho meu... (Haverá Melhor Reflexo do Que Eu?)

EDIÇÃO Nº17 | FEVEREIRO - MARÇO | 2014

BREVE EXCERTO

”Já lá dizia o outro senhor… basta saber “ler” os seus sinais… ;) Quando damos por nós a saber descodificar estes significados dos sinais, a sensação é maravilhosa! E estes sinais podem surgir a partir das mais diversas formas. Seja pelo corpo, pela mente, nos relacionamentos pessoais ou até através dos filhos, da natureza e animais de estimação! Todos nós temos mais um “olho” para além dos que supomos :) Um “olho” que nos dá aquela visão interna, que (em dias especiais) nos atira rasgos surpreendentes, servindo como um farol para o caminho e os desafios do momento. E está muito além do que são os nossos medos, gostos ou ansejos. E é aí que a nossa percepção das coisas muda para sempre. Mas como tudo na vida, nada é tão simples assim. Há saltos qualitativos que não se dão da noite para o dia. Requerem o seu tempo. E a sua prática! A sua persistência, perseverança… a sua paciência! Mas quando se dão, nada mais volta a ser como dantes (garantido). Às vezes as respostas estão bem diante dos nossos olhos, simplesmente à espera de serem vistas. E compreendidas. Porém, a pergunta a fazer talvez seja: estamos nós dispostos a aceitar o que nos vem “de fora” como algo que apenas nos espelha e mostra algo sobre “o dentro” de nós mesmos? Porque será que precisamos de um espelho para “enxergar” como está o nosso aspecto antes de sairmos de casa? Porque somente um olhar “de fora” nos mostra como realmente estamos e a forma como aparecemos perante o mundo. Sem um espelho é impossível fazer um reparo que seja no cabelo desgrenhado, no resquício de alimento nos dentes, ou nos macaquitos que pularam a cerca do nariz… :) Esta ideia de que o inconsciente de cada um encontra sempre maneira de se manifestar na vida de uma pessoa (por doenças, acidentes, incidentes, circuns-tâncias e demais importâncias) está longe de ser uma visão “mística” das coisas.” 

 Espelho meu, Espelho meu... (Haverá Melhor Reflexo do Que Eu?)

de Sara Ferreira

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