October 22

Psicoterapia Psicanalítica Saber Mais Através de um Caso Clínico

EDIÇÃO Nº9 | OUTUBRO - NOVEMBRO | 2012

BREVE EXCERTO

”Poderemos sempre recorrer ao velho ditado: “cada macaco no seu galho”, mas facto é que estamos todos na mesma árvore, falamos de forma semelhante e queremos todos alcançar o mesmo: a compreensão  e o apaziguamento/ cura de alguém que sofre. A psicoterapia psicanalítica exige uma formação longa e a mesma não se prende apenas com uma licenciatura ou formação nos vários Institutos que existem. A preparação do terapeuta enriquece muito com a terapia do próprio, com a participação em grupos de supervisão ou supervisão individual, contacto com outros colegas na discussão de casos. É uma formação intensa, mas necessária para quem deseja trabalhar em relação com um outro.

Para uma maior proximidade e compre- ensão da psicoterapia psicanalítica, irei abordar de forma resumida alguns pontos fulcrais de um caso desmistificando assim o trabalho em relação e na relação terapêutica que se foi criando e recriando com o paciente em causa (juntamente com a psicanálise mais clássica, a psicoterapia psicanalítica trabalha uma relação, campo na qual ambas, e a meu ver, continuam a não ter rivais).

Contextualização Clínica 

Chamemos-lhe M, um rapaz de 23 anos, com aparência de adolescente de 16, ar franzino, alto, magro, pálido, óculos. Poderia ser o Adrian Mole de Sue Townsend, imortalizado na mítica série teen britânica dos anos 80: “The growing pains of Adrian Mole”, mas M nada disso era. Ao contrário de Adrian, que nos ía falando das suas histórias emocionantes, amores e desamores, preocupações, receios, infortunios, tristezas, triunfos com os vários personagens que o reodeavam, M falava das dores que não cresceram, que teimavam em não crescer, do seu fechamento, isolamento, da sua dificuldade em se “ser” e se “fazer” história. 

 Psicoterapia Psicanalítica Saber Mais Através  de um Caso Clínico

de Raquel Félix

October 22

Reflexões Sobre Neuropsicologia de Intervenção

EDIÇÃO Nº9 | OUTUBRO - NOVEMBRO | 2012

BREVE EXCERTO

”A Neuropsicologia é uma área, comum às Neurociências e à Psicologia, que se dedica à correlação entre as, várias, Dinâmicas Comportamentais do Ser Humano e a Actividade das Estruturas Encefálicas que as sustentam, de forma directa ou indirecta, em situação normal ou patológica. Conhecida, no que respeita aos seus pressupostos e objectivos, desde a Antiguidade (Grécia, Egipto, Suméria, Impérios Astectas e Inca) torna-se conhecida das Classes Científicas e Clínicas nos meados do Século XIX, pela mão do cirurgião francês Pierre Paul Broca quando este localiza a área  de articulação da linguagem na região frontal do hemisfério cerebral esquerdo. Não nos alongamos muito mais no que respeita à história da Neuropsicologia dado que, embora de grande interesse e fascínio, não é o tema central deste texto. No entanto não queremos deixar de referir dois pontos. O primeiro diz respeito ao, principal, responsável pela elaboração destas linhas dado que foi o Pai da vertente clínica da Neuropsicologia. Trata-se de Alexander Luria (1902-1977) um neuropsicólogo Russo que, após a 2ª Guerra Mundial, criou todo um sistema de estudo e acompanhamento de militares feridos durante o referido conflito tendo, a partir daí, estendido o diagnóstico e reabilitação de alterações mentais causadas por lesões encefálicas ao resto da população. Por outro lado, inspirou uma multiplicidade de neuro-psicólogos europeus e norte americanos que foram, progressivamente, criando e adaptando meios de despiste e Técnicas de Intervenção. O segundo reporta-se a Portugal. A nossa neuropsicologia, embora assente em raízes bem antigas e ligadas à Escola Psiquiátrica dos fins do Séc. XIX e primeiras décadas do Séc.  XX (Miguel Bombarda, Júlio de Matos, Barahona Fernandes….) e a uma neurologia que, na terceira década do Século transacto começava a dar os primeiros passos revelando, no entanto e desde o início, sinais de grande valor (Egas Moniz), instala-se como tal a partir da década de 70 com a criação de uma ver-tente de investigação (António Damásio, Castro-Caldas, José Ferro, Carlos Garcia, Jorge Teixeira Grosso e, posteriormente, Manuela Guerreiro). No entanto, só em 1983 é que se cria, no Hospital Júlio de Matos a primeira Unidade de Neuropsi-cologia (Manuel Domingos, Góis Horácio, Teresa Constantino) dedicada à assistência de pacientes com lesão do encéfalo. Esta Unidade deu, nos primeiros tempos, apoio aos pacientes do Centro de Neurocirurgia de Lisboa, tendo posteriormente passado a ser solicitada pelos vários serviços de neurologia e neurocirurgia de todo o país. Depois, e parando por aqui, a história da Neuro-psicologia Portuguesa tem sido levada por ventos favoráveis, espalhando-se por vários Hospitais e Centros Clínicos de várias cidades do País (incluído as Regiões Autónomas). ”

 Reflexões Sobre Neuropsicologia de Intervenção

de Manuel Domingos

October 22

Repensar a Resistência à Mudança

EDIÇÃO Nº8 | AGOSTO - SETEMBRO | 2012

BREVE EXCERTO

“A importância da análise dos comportamentos de resistência à mudança foi identificada ainda na primeira metade do século passado, quando Lester Coch e John French (1948)  escreveram o artigo seminal Overcoming resistance to change. Este trabalho procurava dar resposta aos pro-blemas enfrentados na linha de produção da Harwood Manufacturing Corporation (fabricante de pijamas) sempre que havia tentativas de mudar os métodos de trabalho. Os autores argumentavam que normalmente o processo de reaprendizagem de novas competências é mais moroso do que a aprendizagem inicial, o que levava a que muitas vezes os colaboradores se sentissem frustrados, com reduzidas aspirações e com receio de nunca mais conseguirem atingir os níveis de desempenho anteriores à mudança. Resumidamente, a resistência à mudança parecia ser o resultado da combinação entre uma reacção individual à frustração e um fenómeno grupal que exacerbava essa mesma reacção. Chegaram igualmente à conclusão de que a forma mais eficaz de reduzir essa resistência era o aumento da participação dos colaboradores na tomada de decisão sobre a mudança a operar.

Desde a publicação deste artigo que três grandes correntes têm sido identificadas na literatura sobre resistência à mudança: a resistência enquanto carac-terística psicológica estável do alvo da mudança; a resistência enquanto um processo de atribuição de significado por parte dos agentes de mudança; e a resistência enquanto elemento cultural.“

 Repensar a Resistência  à Mudança

de Pedro Neves

October 22

De que “política” será a psicologia do homem?

EDIÇÃO Nº8 | AGOSTO - SETEMBRO | 2012

BREVES EXCERTOS

“Perante o desafio que me foi posto, de um novo paradigma que está a  surgir, cuja tendência levará ao fim da Psicologia (tal como a conhecemos), com alguma ajuda da nanotecnologia, lembrei-me de uma situação que presenciei em 2007.“

“...Bairrão Ruivo estava deveras entusiasmado com o Mestrado que estava a fazer em Neuropsicologia. E disse-me (recordo-me como se hoje fosse): a Psicologia acabou. O futuro é a Neuropsicologia...“

“...já outro grande mestre, Orlindo Gouveia Pereira se referia ao impasse da Psicologia Social, que nada de novo tinha, entretanto trazido...“

“...Que seria do mito se Adão e Eva disputassem uma laranja em vez de uma maçã? Ou uma nêspera? Ou se a repartissem em dois pedaços? Teriam saído do “paraíso”? Ficaria o “pecado original” anulado? E se Caím não tivesse morto Abel? (Génesis, 4:1). Se tivessem colaborado um com o outro? Qual seria a estória inventada? Ou reinventada? Teríamos hoje homicidas? Seria a humanidade uma maravilha?...“

 De que “política”  será a psicologia do homem?

de Carlos Barracho

 

 

 

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