October 25

Uma Árvore Não chora por perder as suas folhas de outono...

EDIÇÃO Nº33 | NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2016

BREVE EXCERTO

”Era primavera e já se via com os primeiros rebentos nas extremidades de alguns dos seus ramos acompanhados de fechadas flores desabrochavam dia após dia era imparável o seu crescer renovado alongavam-se muitos novos pequenos ramos que vinham ocupar espaços deixado por outros já definidos – Olhava à sua volta - Não era a única. Como ela existia uma vastidão de outras árvores, umas mais pequenas outras muito maiores mas todas elas cresciam de dentro para fora parecia que até as aves as sabiam diferentes, eram dias de abundância de luz e calor. Via-se mais visitada por pequenas aves, alguns animais de pequeno porte e uma multidão de insectos mas não queria perder a compostura, era uma árvore que estava na primavera.

Com o aquecer dos dias começaram a aparecer os primeiros seres humanos. Os primeiros de todos recolhiam pequenas plantas e alguns tubérculos…(flores também), esperava para mais tarde as suas famílias. Por essa altura já estaria completamente coberta de folhas e pequenos frutos que eles apreciam muito, embora ficasse apreensiva quando olhada por eles era, dava-lhes a sua sombra… gostava-os. É vê-los chegar todos apetrechados de todo o tipo de utensílios para ali passarem o dia, sente-se admirada embora nunca tire os olhos das Crianças. São terríveis, não passa uma primavera em que não sinta a perda de um ou dois dos seus ramos para uma Criança mais aventureira, contudo rapidamente se recompõe pois são pequenas mazelas a que dá pouca importância.”

 Uma Árvore Não chora por perder as suas folhas de outono...

de Luís Formas

October 25

Psicologia Clínica e Psicoterapia de Apoio

EDIÇÃO Nº32 | AGOSTO SETEMBRO | 2016

BREVE EXCERTO

”A psicologia clínica e a psicoterapia de apoio são ainda, e erradamente, correlacionadas por muitos como especialidades de apoio restrito à doença mental e à psicopatologia grave. São, no entanto, especialidades que vão ao encontro de qualquer indivíduo. Deste modo, constituirão um suporte independemente do grau de severidade dos seus sintomas, da sua repercussão afectiva e relacional ao transtorno propriamente dito. 

Considerando este facto, a perspectiva sobre as necessidades psicológicas a intervencionar poderão ser ampliadas, da inabilidade e acentuado desfasamento do funcionamento psicológico face ao esperado à necessidade preventiva, mas igualmente existencial, de bem-estar geral e de auto-conhecimento. Perde-se gradativamente na sociedade actual o hábito da auto-análise, da necessidade de descoberta do que existe dentro de cada um. Como resultado, a existência perde o simbolismo inerente a toda a sua dimensão criativa e abstracta, conduzida somente para coisas que se vêm, se fazem, se tocam e, portanto, ao que só pode existir fora de cada um. O reconhecimento quase exclusivo do externo reduz irremediavelmente a oco e a vazio a identidade, a interna, a que está dentro. O caminho feito em psicoterapia de apoio tem, deste modo, como principal objectivo a harmonização dos processos psicológicos, qualquer que seja a sua gravidade e repercussão na funcionalidade perante a vida diária. É por este motivo que é também procurada enquanto ajuda para a consolidação do Eu, do auto-conhecimento e da auto-afirmação.”

 Psicologia Clínica e Psicoterapia de Apoio

de Paula Barbosa

October 25

Quando o Corpo Fala O Que a Mente não consegue pensar - a doença psicossomática

EDIÇÃO Nº32 | AGOSTO - SETEMBRO | 2016

BREVE EXCERTO

”Normalmente quando sentimos alguma dor ou apresentamos determinados sintomas que nos preocupam, tentamos procurar as causas orgânicas para essas manifestações e procedemos à realização de testes e exames clínicos. No entanto, quando os exames médicos não conseguem descobrir uma origem biológica para os sintomas, é provável que possamos ouvir algo do género: “Você não tem nada, isso é psicossomático!”.

E afinal, o que são somatizações e doenças psicossomáticas? Podemos entendê-las como um conjunto de sintomas para os quais não existe uma origem orgânica/física, sendo a sua causa de origem psicológica e emocional. 

A ligação entre a mente e o corpo tem sido bastante estudada, comprovando-se que cada parte do nosso corpo tem uma linguagem a ser entendida. O nosso campo emocional está na base de mais de 90% das alterações ou acidentes ocorridos no nosso corpo, havendo por isso uma tradução dos nossos desequilíbrios emocionais no corpo, sob a forma de dores ou outras desordens orgânicas. ”

 Quando o Corpo Fala O Que a Mente Não Consegue Pensar - A Doença Psicossomática

de Joana Valério

 

October 25

A Angústia Humana e Consumismo

EDIÇÃO Nº31 | JUNHO - JULHO | 2016

BREVE EXCERTO

”A vida humana é uma tragédia, que termina com a morte, certa e inevitável! Existimos, vivemos e habitamos dentro dessa dualidade, desses dois mundos,(a) que trazem e carregam em si essa dura e crua realidade, transiente, transicional, relacional, reacional, tautológica, patológica, teratológica e essencialmente pulsional.

E falar de ansiedade, angústia é falar de pulsão!

Embora o termo ansiedade possa, às vezes, ser confundido com angústia, devido, sobretudo, às traduções operadas e sofridas mundo afora, vamos diferençá-los, ainda que, nessa apresentação, venha a ser usado como sinônimos ou equivalentes. Na própria obra de Freud, Angst – seu termo original – é usado como sinônimo ou traduzido como tal. O mesmo ocorre no inglês, anxiety, como no francês, quando emprega o seu correlato angoisse. Há, contudo, de acordo com os sintomas e as suas manifestações nosológicas, uma gama de outros termos para designarmos a ampla variedade de estados apresentados por cada entidade patológica e as suas características sintomatológicas, tais como descritos por Freud na Neurastenia, na Histeria, nas fobias, manias, medo, luto, melancolia, depressão e nas mais diferentes neuroses.”

 A Angústia Humana e Consumismo

de Remark Vale

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