October 25
O Fim da Psicologia
EDIÇÃO Nº28 | DEZEMBRO - JANEIRO | 2015
BREVE EXCERTO
”O título refere-se ao vocábulo, não às disciplinas filosófica, médica, científica, artística, nem à profissão, nem à perspicácia natural de alguns para entender os outros e muito menos, à apreciação da expressividade da arte, do artificial e do artificioso. (1)
Entrado que vai o século XXI em que é patente o empobrecimento vocabular, mesmo entre os eruditos, remover uma palavra pode parecer o que, agora, se chama efeito choque. Não se inquietem, há tantos vocábulos começados pelo antipositivo psic(o) (2), que menos um não é de monta. Ele já esta a ser substituído pela série do neur(o). Dir-se-á, talvez, neuro-glio-polis-nomía.(2)
Que giro, recebeu uma mensagem de um colega a veicular, que foi admitido naquele curso. O campo científico assim definido congrega a indagação sobre a pessoa humana, em situação (físico-químico-geo-meteo-urbanística) e em relação (real, virtual ou imaginada) com outra pessoa e as outras pessoas (mortas, vivas, futuras e fantasiadas). Que tudo se tenha de centrar, em última analise, na representação mental é essencial à definição.
A representação mental é causa e consequência da representação artística, linguística e espiritual. Por isso, eu desenhei um jogo de guerra neuro-psico-computacional, que já se joga nos laboratórios de investigação castrenses.
Dois sujeitos, sentinela e atirador, têm de cooperar para abaterem misseis virtuais, que surgem aleatoriamente, no painel electrónico. O primeiro só vê o segundo, sem ver, só pode disparar o comando. Três computadores interligados entre si e os electrodos implantados em locais pré-selecionados no crânio de cada sujeito estabelecem as transmissões.”
O Fim da Psicologia
de Orlindo Gouveia Pereira