July 01

Uma Mulher Extraordinária: Clara Wieck (Schumann)

EDIÇÃO Nº54 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2021

BREVE EXCERTO

“Clara teve oito filhos, criou-os e sustentou-os. Mesmo antes da loucura do marido, e de este morrer no manicómio, era já ela o principal sustento da família, através do ensino e da atividade de concertista. Morreu-lhe o marido e não só, morreu-lhe um filho adulto, deixando-lhes mais os netos para criar e sustentar…

Pois Clara Wieck, Schumann pelo casamento, acudiu a tudo isto e cumpriu muito mais. Ela foi um dos maiores virtuosos do piano do Romantismo, influenciou o repertório e a forma dos concertos, tendo mesmo entrado em intensa polémica com Liszt quanto à forma de tocar, e os insultos dela ficaram famosos. Liszt defendia o espetáculo, Clara lutava pela autenticidade.

 Conhece-se o programa de mais de 1300 concertos que tocou por toda a Europa. Era ela quem organizava as suas próprias viagens, para além de tomar conta das finanças familiares e dos assuntos do lar, tento contratado uma governanta e uma cozinheira para manter a casa, enquanto ela se ausentava nas longas tournées.“

 

Uma Mulher Extraordinária: Clara Wieck (Schumann)

De Sebastião Alves

April 01

Neuropsychophysio-Pathological and Neurochemical Aspects of Feeling Angry

EDIÇÃO Nº53 | ABRIL - MAIO - JUNHO | 2021

RESUMO

Neste artigo, os autores pretenderam abordar as correlações entre encéfalo e outras partes do nosso organismo, e os comportamentos marcados pela ira ou raiva. A clínica demonstra-nos que este sentimento causa modificações da funcionalidade encefálica, além de afectar outros sistemas que formam o nosso organismo. Veremos que várias partes do nosso cérebro desempenham um papel importante na dinâmica da raiva. Por fim, apresentaremos dados relacionados com as alterações da temperatura em diversos estados emocionais, nomeadamente a ira ou raiva.

 

Neuropsychophysio-Pathological and Neurochemical Aspects of Feeling Angry

Por Manuel Domingos

April 01

O impacto do cancro nos cuidadores

EDIÇÃO Nº53 | ABRIL - MAIO - JUNHO | 2021

BREVE EXCERTO

“Tomando as significações que o cancro tem na nossa sociedade como profundamente relacionadas ao sofrimento, dor e morte, é importante refletir sobre o sofrimento psicológico que os cuidados aos pacientes de cancro pode criar nos profissionais de saúde. O contacto com uma doença como o cancro coloca os profissionais de saúde perante muitos fatores de stresse psicológico: comunicação de más notícias, adaptação à inexistência de cura médica, exposição repetida à morte de pessoas com os quais estabeleceram uma relação, envolvimento em conflito emocionais, absorção de cólera e de mágoa expressa pelos pacientes e pelos familiares e desafios ao sistema de crenças pessoais (Twycross, 1999).

Diversos estudos demonstram que os sentimentos despertados nos médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais que atuam em Oncologia, são semelhantes aos dos pacientes e familiares afetados pelo cancro, tais como a negação, a raiva, a culpa, o pensamento mágico e sintomas depressivos. Sentem também a impotência imposta pelos limites dos recursos pessoais e científicos.

 

O impacto do cancro nos cuidadores

Por Joana de São João Rodrigues

April 01

E depois das Perturbações Regulatórias do Processamento Sensorial?

EDIÇÃO Nº53 | ABRIL - MAIO - JUNHO | 2021

RESUMO

Introdução: As Perturbações Regulatórias do Processamento Sensorial (PRPS) constituem uma categoria diagnóstica desde o manual de classificação diagnóstica DC: 0-3:Diagnostic Classification of Mental Health and Developmental Disorders of Infancy and Early Childhood. Contudo, nunca foram incluídas no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM), por se considerar que os dados existentes atualmente são insuficientes para as validar como uma entidade clínica distinta. Este estudo pretende compreender que possíveis diagnósticos têm estas crianças na segunda infância e adolescência e de que intervenções terapêuticas necessitam, tentando contribuir para o esclarecimento da questão sobre se as PRPS constituem uma condição pré-mórbida para o desenvolvimento de outras patologias, ou se este diagnóstico deveria ser considerado uma entidade nosológica distinta.

Objetivos: Caracterizar a amostra de crianças com diagnóstico de PRPS que recorreram a consulta de pedopsiquiatria na Unidade da Primeira Infância (UPI) entre 2008 e 2013; aferir o estado e seguimento médico, tratamento e diagnósticos de acordo com o DSM-5, 4 a 9 anos após a primeira consulta na UPI.

 Metodologia: Estudo retrospetivo e de follow-up. Recorreu-se a consulta de processos clínicos e entrevista telefónica estruturada aos principais cuidadores, com aplicação da escala Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ).

Resultados: Cinquenta e cinco crianças obtiveram o diagnóstico de PRPS e 47 dos seus cuidadores responderam a entrevista. Nenhuma associação foi encontrada entre o subtipo de PRPS e diagnóstico atual inferido de acordo com o DSM-5 ou perceção dos pais sobre estado atual da criança. Foi encontrada associação significativa entre diagnóstico de PRPS e resultados anormais nas subescalas de Problemas de Hiperatividade e Comportamento do SDQ.

Discussão e Conclusão: A grande dispersão de diagnósticos encontrada permite colocar as hipóteses de que as PRPS deveriam ser consideradas como categoria diagnóstica independente ou de que as alterações do processamento sensorial poderão ser comuns a vários quadros psicopatológicos. Será importante realizar estudos prospetivos nas crianças com este diagnóstico para perceber se as PRPS poderão ser incluídas como categoria diagnóstica no DSM no futuro.

 

E depois das Perturbações Regulatórias do Processamento Sensorial? Que respostas tem o DSM-5?

Por Cláudia Gomes Cano, Leonor Sá Machado, Catarina Garcia Ribeiro, Sandra Pires, Mariana Farinha, Ana Moreira, Joana Macieira, Luísa Queiroga, Joana Mesquita Reis, Pedro Caldeira da Silva

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