October 22
Bater na Almofada
EDIÇÃO Nº8 | AGOSTO - SETEMBRO | 2012
BREVES EXCERTOS
”Os comentadores a quem as televisões passaram a subcontratar o trabalho dos jornalistas dizem que as manifestações não servem para nada. Miguel Sousa Tavares disse que a manifestação queaconteceu durante a última greve geral, “não vai resolver nenhum dos problemas nem é alternativa.” o Avante disse o contrário, “é um facto incontestável que o êxito alcançado pelos trabalhadores não cabe nos esquemas de análise desses comentadores. Para eles, a situação ideal seria que as massas trabalhadores seguissem à risca as suas análises... ou seja, que desistissem de lutar”.”
”Ou pelo menos ninguém tem a razão toda porque ninguém falou do efeito mais poderoso e mais perigoso das manifestações. Ir a uma manifestação é como bater na almofada.
A Inglaterra precisou de impor medidas difíceis e exigir muito dos seus cidadãos durante a Segunda Guerra Mundial. Nessa altura as pessoas reuniam-se em “clubes da rezinga.” Nesses sítios as pessoas queixavam-se, diziam mal da guerra, mal do governo, mal do país. Depois de deitar todas as suas frustrações cá para fora estavam prontos para continuar tudo o que o governo decidiu que era preciso para sair da crise causada pela guerra.”
Bater na Almofada
de João Vieira da Cunha