October 25

Já Agora Mandas em Mim

EDIÇÃO Nº40 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2018

BREVE EXCERTO

”Já agora mandas em mim!?” foi a expressão de revolta de um miúdo em face das ordens de uma amiga.  Farto do autoritarismo da mãe, não queria repetir a posição de escravo e continuar sujeito  ao domínio de outrem; reagiu à tentativa de abuso de poder. “Sou alérgico a vozes de comando”, diz, em adulto, durante a cura analítica. Transferencialmente procurava no analista um pai provedor, como o próprio pai tinha sido. Por outro lado, em transferência negativa, tinha receio de ser rejeitado, traído e manipulado pelo analista, como o fora pela mãe. Em nova relação e na relação que sempre desejou (relação concebida), encontrou no analista uma pessoa que o admirava e o promoveu; com quem reparou a auto-estima e desenvolveu o seu talento.A transferência deriva da memória; a nova relação do desejo. A memória aponta para a repetição; o desejo, para a inovação. O avanço terapêutico processa-se na nova relação.Este paciente, seguindo a transferência positiva, teria ficado dependente; na senda da negativa, agravaria o seu traço obsessivo e paranoide. Com a nova relação desenvolveu a sua potencialidade. ”

 Já Agora Mandas em Mim

de António Coimbra de Matos

October 25

Dream Kids:“Dar Voz“ às Crianças

EIDIÇÃO Nº36 | MAIO - JUNHO | 2017

 

BREVE EXCERTO

”Fortemente discutida mas nem sempre praticada, a participação social das crianças e jovens na identificação das suas necessidades e soluções para os seus problemas tem ganho uma nova importância em Portugal. Ainda que de acordo com a Convenção dos Direitos da Criança (UNICEF, 2004), a “Opinião das Crianças” (artigo 12) deva ser considerada um direito e que estas devem ser consultadas, ouvidas e ter a sua opinião valorizada esta ainda não é uma prática comum. Matos et al. (2014) refere-se à importância da “participação social” das crianças e jovens na identificação das suas necessidades e soluções relacionadas à sua vida e à sua saúde. Nos últimos anos, pesquisas em saúde têm-se dirigido cada vez mais para os processos associados à promoção da saúde,  nomeadamente através do envolvimento e desenvolvimento de competências na população-alvo (Matos et al, 2013). 

 Dream Kids:“Dar Voz“ às Crianças

de Cristiana Fauveler, Cátia Branquinho e Margarida Gaspar de Matos

October 25

A Psicologia É De Esquerda Ou De Direita?

EDIÇÃO Nº36 | MAIO - JUNHO | 2017

BREVE EXCERTO

”Vivemos tempos únicos. Comunistas defendem a constitucionalidade da eleição do Donald. Gente de direita muito patriótica revela animosidade para com os serviços secretos do próprio país.  Gente de esquerda manifesta-se armada do relatório da CIA para “provar” a ligação do Donald à Rússia. Gente de direita pretende acabar com a Nato. Gente de esquerda defende o euro.   Existe uma esquerda para a qual se da lista das 8 pessoas que detêm mais riqueza do que metade da população mundial, constassem 4 mulheres, 6 pessoas de cor, 2 transsexuais, 2 assexuados, 2 lésbicas , 2 gays e 7 muçulmanos o problema da desigualdade económica, aparentemente ou não se colocava, ou eram assunto de somenos.  Existe uma direita que pretende erguer muros em todo o lado acabando com o comércio livre, bandeira pela qual a direita soterrou o consenso social democrata do welfare state e impôs o consenso de Washington. Existe um feminismo para o qual um homem muçulmano seguidor convicto da sharia possui um constrangimento cultural que o torna incomparavelmente superior a um misógino branco e eventualmente protestante. Existe uma direita que acha que proibir uma mulher de vestir um fato de banho é um acto de afirmação dos valores republicanos.”

A Psicologia É De Esquerda Ou De Direita?

de José Manuel Fonseca 

October 25

Ainda na Nova Relação

EDIÇÃO Nº36 | MAIO - JUNHO | 2017

BREVE EXCERTO

”A nova relação tem, outrossim, a finalidade de devolver ao paciente o entusiasmo e a esperança que os funestos tempos da infância e adolescência lhe roubaram. Não é para reconciliar-se com os agressores; muito menos, para expiar culpas que não tem (mas lhe foram incutidas). É, isso sim, para reparar-se dos danos sofridos e recuperar o ânimo perdido.

Não tem razão para ter culpa; é uma culpa irracional, ilógica e patológica (induzida pelo agressor). Errou, não reagiu por ataque e fuga, mas por desistência e submissão; impõe-se reparar o erro, mudar o comportamento – assumindo os seus direitos e empossando-se dos seus poderes.

No fundo, lá no fundo, encontrar a sua originalidade, ir à origem, encontro/reencontro com O (de origem e original), ponto zero (0) da igualdade com qualquer outro (único e com rosto1), dimensão infinita2 (oo)3 da relação com todos os seres, coisas e ideias. Tão único e reconhecível como tal (com rosto) como relacionável ao infinito com tudo o que existe e se imagina. Tão próprio e tanto do mundo. Em comunhão, dizem alguns; em relação/ligação, digo eu – que não sou crente; muito menos, monoteísta.”

Ainda na Nova Relação

de António Coimbra de Matos

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