October 25

Um Olhar sobre os Desafios para a Psicologia Aplicada

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“A história da Associação Internacional de Psicologia Aplicada (International Association of Applied Psychology, IAAP) está repleta de momentos importantes, desde a sua fundação em 1920 em Genebra até à celebração online do seu centenário em 2020, em plena pandemia. Alguns marcos incluem o lançamento da revista Applied Psychology: An International Review (1952), o primeiro congresso realizado fora do espaço europeu (Montreal, 1974), a criação da primeira divisão temática (Divisão 1: Psicologia Organizacional, 1979), ou o seu reconhecimento como ONG pelas Nações Unidas (2005), que culminou pouco depois no primeiro dia internacional da Psicologia organizado pela mesma (2007).

No âmbito da celebração do centenário da IAAP decidimos olhar para a frente – até porque a nossa visão encontra-se momentaneamente toldada pelo desafio que enfrentamos de momento e pelo foco no curto-prazo resultante do confinamento – e perguntar aos membros da IAAP quais acreditavam ser os grandes desafios para a Psicologia Aplicada nos próximos cem anos. Recebemos o feedback de mais de 30 membros das mais diversas divisões e task forces, incluindo diversos ex-Presidentes e membros do Board of Directors, e publicámos os resultados na revista da IAAP, Applied Psychology Around the World (Neves, 2020). Em baixo encontram-se descritas as categorias identificadas com maior frequência pelos membros, tal como foram apresentadas na publicação original. A sua republicação, agora na Psicologia na Actualidade, prende-se com o facto de os desafios descritos se aplicarem, quase na totalidade, à realidade portuguesa e de a Psicologia na Actualidade ser um veículo por excelência dos temas com relevância para a Psicologia em Portugal.”

 

Um Olhar sobre os Desafios para a Psicologia Aplicada

De Pedro Neves

October 25

Consulta de Psiquiatria da Infência e da Adolescência - Um Recurso Útil?

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

RESUMO

“Nos últimos anos, em Portugal, tem se registado um aumento significativo do número de internamentos e uma maior afluência ao Serviço de Urgência de Psiquiatria da Infância e Adolescência. Neste contexto, foi criada em 2017, no Hospital Dona Estefânia (HDE) – Centro Hospitalar Lisboa Central, a Consulta de Crise (CC), com o objetivo de monitorizar situações clínicas graves observadas no Serviço de Urgência (SU) de Pedopsiquiatria. Com este estudo pretende-se clarificar a utilidade da CC do HDE, através da caraterização dos casos observados durante os primeiros 18 meses de funcionamento, verificar o cumprimento dos critérios de referenciação e atuação e definir a percepção dos médicos relativamente à eficácia desta consulta. Os dados foram obtidos pela consulta do episódio de urgência, pela consulta do processo clínico e foi criado e aplicado um questionário online, a todos os médicos que realizaram esta consulta.

Nos primeiros 18 meses, foram referenciados 157 doentes (n=157) à CC, o que corresponde a 6% das crianças observadas no SU do HDE. Os principais motivos de referenciação, foram ideação suicida (22%), alteração do comportamento (20%) e sintomatologia depressiva (17%). Os critérios da consulta foram maioritariamente cumpridos, existindo uma percepção correta por parte dos clínicos relativa- mente ao cumprimento ou incumprimentos do critérios. No entanto, verificou-se uma percepção de eficácia desta consulta negativa e a maioria dos médicos admite não se justificar a continuidade da CC nos moldes existentes.

Assim, este estudo permitiu compreender as limitações no funcionamento deste recurso e alerta para a importância de ser revisto o regulamento de funcionamento da mesma.”

 

Consulta de Psiquiatria da Infência e da Adolescência - Um Recurso Útil?

De Luísa Queiroga, Mara Costa de Sousa, Joana Mesquita Reis, Berta Ferreira, Pedro Caldeira da Silva

October 25

Todos Frágeis, Todos Iguais e Todos Preciosos

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“Todos nós já vivemos períodos conturbados, suscetíveis de abalar o nosso equilíbrio emocional e ninguém está imune a isso.

Cada um de nós, dentro das nossas vulnerabilidades e capacidades, procura lidar da melhor maneira possível com as suas emoções destablizadoras. A pesquisa e a procura de informações, bem como de sugestões e opiniões de terceiros constitui-se como uma estratégia de coping mas tão ou mais importante que isso, é processar e integrar internamente esses dados de modo a que nos façam sentido dentro do nosso temperamento e funcionamento. Somos todos diferentes e não há receitas mágicas que resultem de igual maneira para todos.

Este processo de tentativa de ajuste e de procura do reequilíbrio pode constituir-se como uma verdadeira luta interna e seguir as recomendações de promoção de saúde mental como a realização de exercício físico, relaxamento, cumprimento de horários e rotinas pode ser particularmente difícil sobretudo quando dominam os sentimentos de incapacidade, angústia, tristeza e falta de energia.”

 

 

Todos Frágeis, Todos Iguais e Todos Preciosos

De Joana Simão Valério

October 25

Covid-19 versus Humanidade: O Sniper Desajeitado

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

“Nunca nos passou pela cabeça o que está a acontecer. Estamos todos tão certos das nossas vidinhas, uns mais do que outros, mas tínhamos alguma esperança no futuro! Um dia o mundo parou!

Costumamos ver filmes relacionados com pandemias sentados nos nossos sofás confortáveis. Hoje, estamos fechados em casa a passar o tempo ou a trabalhar e outros na linha da frente... incrédulos com tudo o que se está a passar à nossa volta. Nesta frente, estão inúmeras pessoas a tentar aguentar o impacto da pandemia em condições muito duras. Sobretudo os nossos médicos, enfermeiros e auxiliares, já completamente exaustos e sem Equipamentos de Protecção Individual (EPI), apesar do Estado afirmar que está tudo controlado.

Nas redes sociais prolifera informação exactamente contrária e as sucessivas declarações de vários profissionais de saúde confirmam. Não têm equipamento de protecção adequado e existem muitos médicos e enfermeiros já infectados.”

 

Covid-19 versus Humanidade: O Sniper Desajeitado

De Maria Teresa Preto

 

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