January 10

Psicopatologia e Fisioterapia: dinâmicas e epistemologia

EDIÇÃO Nº60 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2023

BREVE EXCERTO

“Existe uma dinâmica epistemológica comum, \"monista\", a reiterar o enlace entre Fisioterapia e Psicopatologia, e que se representa nitidamente no tracto, avaliativo e interventivo, de condições como raquialgias ou doença articular degenerativa. Compreender a sua dialéctica é antecipar tanto um círculo vicioso inescapável, de âmbito ontológico, como prevenir o necessário equilíbrio clínico e paradigmático.
Este equilíbrio expressa-se, primeiramente, por uma linha média raquidiana que divide o corpo em (a) zona posterior, especialmente mnésica e defensiva, lugar das grandes hegemonias miofasciais (Mézières, 1949; Nisand, 2005; Coelho, 2008) e em (b) zona anterior, lugar de acção e movimento, de relação com o mundo. A zona posterior encerra cadeias miofasciais, essencialmente tónicas, posturais, capazes de uma contracção profunda pouco evidente (dado que estes músculos não hipertrofiam com facilidade), que fornecem ao \"ser\" a base da sua \"persona\". Quando livre, flexível, a cadeia muscular posterior não resiste à acção \"anterior\", mas, quando encurtada, a mesma cadeia é compensada pela rigidez do movimento \"agente\". Por sua vez, esta rigidez produz ainda mais contracção posterior.”

 

Psicopatologia e Fisioterapia: dinâmicas e epistemologia

De Luís Coelho

January 10

"Tempo de aprender a perder" - Uma reflexão acerca da abordagem em saúde mental infantil a

EDIÇÃO Nº60 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2023

BREVE EXCERTO

“As experiências de perda e do luto em idade pediátrica têm uma indiscutível importância para o desenvolvimento socio-emocional ao longo da vida, contendo diversas particularidades que podem condicionar uma vulnerabilidade acrescida de problemas de saúde mental ao longo da vida. No entanto, a formação e literacia nos diversos níveis de cuidados parece estar aquém da necessária neste tema que se mantém alvo de controvérsia científica. A pandemia trouxe um novo foco de atenção a esta área que, não só se verifica pelo aumento do número de mortes e enlutados neste contexto, como pelos múltiplos fatores de risco para um curso de luto patológico que tem inerente.
A abordagem aos fenómenos de perda e luto na infância e na adolescência representa um enorme desafio clínico. Embora as vivências de perda e luto sejam transversais à experiência humana e, na sua maioria decorram de forma natural e adaptativa, vários aspetos têm sido descritos na sua relação com a psicopatologia na infância e adolescência. A singularidade de diferentes etapas do desenvolvimento infantil em relação à compreensão cognitiva destes conceitos, assim como a dependência afetiva dos adultos para a regulação emocional, contribuem para que a abordagem ao luto nesta faixa etária seja alvo frequente para subdiagnósticos em situações graves ou intervenção inapropriada em processos saudáveis e adaptativos. Para além disto, os processos de luto podem ser extrapolados para outras vivências de perda significativa, não só nos casos de afastamento real por morte como por perdas imaginadas ou afetivas, que se prevê que estejam potencialmente aumentadas no contexto de pandemia.”

 

\"Tempo de aprender a perder\" - Uma reflexão acerca da abordagem em saúde mental infantil a vivências de perda e luto na pandemia

De Francisca Magalhães, Rita Amaro, Joana Correia, Catarina Nascimento, Carlota Veiga de Maçedo, Juan Sanchez

January 10

Adolescentes e Videojogos - Um olhar sobre a personalidade e a psicopatologia

EDIÇÃO Nº60 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2023

BREVE EXCERTO

“O uso excessivo de videojogos tem vindo a tornar-se um tema central de preocupação na sociedade e nos profissionais de saúde mental, pelo seu impacto social e académico, mas também pelo risco aumentado de doença psiquiátrica atual ou futura.
Os adolescentes estão especialmente vulneráveis a no que respeita ao uso excessivo de videojogos, quer pela possível base genética (filhos de pais com perturbação aditiva, com ou sem uso de substância), quer por fatores neurobiológicos (como a diminuição do volume pré-frontal), neuro-hormonais (sistemas dopaminérgico, serotoninérgico e colinérgico) ou pelas características de personalidade individuais, como elevados traços de neuroticismo e introversão. Sendo uma área de investigação recente e, consequentemente, com pouca informação disponível, importa conhecer os fatores de vulnerabilidade, as consequências imediatas e futuras, de modo a intervir o mais precocemente possível e melhorar o prognóstico destes jovens.”

 

Adolescentes e Videojogos - Um olhar sobre a personalidade e a psicopatologia

De Raquel Campos e Vasco Ferreira

January 10

Terapia Gestalt: Controlar a Ansiedade

EDIÇÃO Nº60 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2023

BREVE EXCERTO

“A Terapia Gestalt é um estilo de psicoterapia que aborda a pessoa como um todo, valorizando a experiência aqui-agora da sessão. Embora o foco do processo terapêutico seja o presente, a experiência passada tem a sua importância a partir da forma como afecta o “agora”.
Esta terapia contribui para a compreensão emocional e por ser uma abordagem com uma visão holística do ser humano, evita privilegiar apenas os aspectos verbais e racionais e atribui especial relevo também à linguagem corporal.Sabemos que uma das emoções mais difícil de lidar é a ansiedade. Pensamos continuamente no passado ou no futuro, ou debatemo-nos com “problemas” actuais – vulnerabilidades, hesitações, decepções, medo e/ou culpa, ficando deste modo enredados num turbilhão de sentimentos que nos podem causar confusão, desgaste e ansiedade.
À primeira vista, a ansiedade poderá não parecer um grande problema, mas, em algum momento pode perturbar a nossa capacidade de focar no que realmente é importante ao ponto de perdermos o “equilíbrio”.”

 

Terapia Gestalt: Controlar a Ansiedade

De Tânia da Cunha

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