October 24

Neurose e Psicose uma Síntese

EDIÇÃO Nº21 | OUTUBRO - NOVEMBRO | 2014

BREVE EXCERTO

”A angústia (medo ou ansiedade – que, no fundo, são a mesma coisa) de não permanecer na mente (e no coração, no afecto) do outro – em linguagem vulgar, ser esquecido – é um sentimento depressivo (muito humano e dentro, portanto, das variantes do normal; só a sua intensidade e/ou persistência pode ser patológica).

Uma outra coisa (totalmente diferente, de outra natureza e qualidade) é o sentimento de não existência na mente/afecto do outro/objecto significativo. Isso é do mundo da psicose, aqui incluída a patologia borderline (que é uma psicose minor); dá o sentimento de não ser, não existir como pessoa minimamente válida, de inutilidade existencial. É o pobre que sempre foi pobre (de afecto) – o psicótico –; e não o rico que empobreceu, o que teve afecto mas o perdeu – o depressivo. Não distinguir isto é como não distinguir o preto do cinzento, é uma grave miopia intelectual.

Outra distinção – a clássica – é que a ansiedade psicótica é a ansiedade de morte, de não existência, de aniquilamento; e a neurótica (aqui incluída a depressiva, uma vez que a depressão é tão-só uma neurose major) é de perda de uma parte, uma peça, uma função (a clássica “angústia de castração”).”

 Neurose e Psicose uma Síntese

de António Coimbra de Matos

 

October 24

O Tempo Da/ Que Dá Subjectividade Humana

EDIÇÃO Nº19 | JUNHO - JULHO | 2014

RESUMO

Este artigo pretende entender o que significa o conceito Tempo. É feita uma distinção entre tempo objectivo, exterior ao sujeito, e o tempo subjectivo, interior, do sujeito. O diálogo rítmico entre estes dois tempos exige do sujeito uma estrutura interna capacitada para não distorcer a sua relação com o tempo externo. Quando isso não acontece, a não vivencia do tempo, ou a intemporalidade, prevalece afastando o sujeito da realidade.

O Tempo Da/ Que Dá Subjectividade Humana

de João Matos

October 24

O Erro de Skinner

EDIÇÃO Nº19 | JUNHO - JULHO | 2014

RESUMO

O estudo do comportamento é um dos fenómenos que mais tem intrigado o ser humano. Ao se inspirar num trabalho de Thorndike, Bhurrus Skinner estudou o comportamento animal, criando, para isso, ins-trumentos laboratoriais, no intuito de comprovar que o organismo para progredir aprende e adapta-se ao ambiente de mudança. No entanto, nos seus estudos limitou a vida mental a um estado meramente corporal donde o comportamento depende de contingências da situação. As vicissitudes emocionais só entram nas suas investigações porque fazem parte do reforço positivo. Somos de crer que é se o que nos reforça é aquilo que nós queremos, e o que queremos será a nossa vontade?

 

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem, reforço positivo, reforço negativo, ambiente, mudança, vontade. 

O Erro de Skinner

de Sílvio Brito

October 24

Promiscuidade

EDIÇÃO Nº19 | JUNHO - JULHO | 2014

BREVE EXCERTO

“A promiscuidade é a mistura de relações (tipos de relação): relações de amizade com relações eróticas (o protótipo é a chamada  “amizade colorida” ou a mais tímida amitié amoureuse); relações de ternura e paixão – verticais ou horizontais, intrafamiliares ou extrafamiliares, discretas ou incestuosas (pai/mãe-filha/o, entre irmãos, etc; professor-aluna, patrão-secretária, etc) confundidas. O padrão não é o da solidariedade e igualdade, mas, isso sim, o de protector-protegida ou senhor (chefe)-escrava (subordinada).

As relações promíscuas comportam sempre a transgressão do código ético (parceiro/a casado/a, padre, médico ou terapeuta, etc). Importa  o desafio, o risco, o gosto de quebrar regras, a competição com o rival sobrepondo-se ao amor pelo objecto e o falso e ilusório sentimento de triunfo (apanágio dos fracos, inferiores e cobardes); é uma luta por um vão poder. De resto, a promiscuidade confunde e amalgama erotismo/amor e poder/domínio – o que no fundo denota o grande traço da perversão sexual, o predomínio da agressividade sobre a libido; como dizia o conhecido e reconhecido “Papa das perversões”, Robert Stoller: “a perversão é a ligação pelo ódio”. “

 Promiscuidade

de António Coimbra de Matos

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