October 24

100 Anos Depois Onde Está Watson?

EDIÇÃO Nº18 | ABRIL - MAIO | 2014

BREVE EXCERTO

”John B. Watson nasceu em 1878, um ano antes de Wilhelm Wundt ter fundado o célebre laboratório de Psicologia experimental na Universidade de Leipzig, e quatro anos após o primeiro artigo de Wundt sobre os Princípios de Psicologia Fisiológica. Watson cresceu durante o emergir dessa nova disciplina, que procurava adquirir o estatuto de ciência, lutando contra o fantasma da subjetividade. Wundt já tinha alertado para esse problema e para a necessidade de a psicologia 

recorrer a metodologias objetivas. Também William James, outro pioneiro, tinha manifestado idêntica preocupação ao considerar que o estudo de processos não conscientes era um campo minado (“a tumbling ground for whimsies”, 1890, p. 163) para a afirmação da psicologia como ciência. Numa altura em que, aproveitando os ventos do positivismo e da revolução industrial, várias novas ciências se afirmavam ou se redefiniam, como a física ou a biologia, a ideia de poder estudar os processos mentais com o necessário distanciamento entre investigador e objeto de estudo era essencial para poder aspirar ao estatuto de disciplina científica. Contudo, o principal problema da Psicologia nessas primeiras décadas de existência era o método escolhido – a introspeção, ainda que fosse denominada introspeção experimental numa tentativa de aproximação às ciências empíricas. Apesar dos esforços de Wundt, com formação em fisiologia e forte componente experimental, a tentativa de estudar a mente humana a partir, apenas, da parte consciente a que temos acesso, estaria sempre limitada a uma parte da história. Porque na realidade não temos acesso consciente aos processos mentais em si, mas apenas ao seu resultado, por exemplo aos pensamentos que a cada momento emergem, o célebre “stream of consciousness” referido por James (1980). E esse resultado dos processos mentais é, por sua vez, afetado pelo próprio facto de se tornar consciente.” 

 100 Anos Depois Onde Está Watson?

de Patrícia Arriaga & Francisco Esteves

October 24

Espelho meu, Espelho meu... (Haverá Melhor Reflexo do Que Eu?)

EDIÇÃO Nº17 | FEVEREIRO - MARÇO | 2014

BREVE EXCERTO

”Já lá dizia o outro senhor… basta saber “ler” os seus sinais… ;) Quando damos por nós a saber descodificar estes significados dos sinais, a sensação é maravilhosa! E estes sinais podem surgir a partir das mais diversas formas. Seja pelo corpo, pela mente, nos relacionamentos pessoais ou até através dos filhos, da natureza e animais de estimação! Todos nós temos mais um “olho” para além dos que supomos :) Um “olho” que nos dá aquela visão interna, que (em dias especiais) nos atira rasgos surpreendentes, servindo como um farol para o caminho e os desafios do momento. E está muito além do que são os nossos medos, gostos ou ansejos. E é aí que a nossa percepção das coisas muda para sempre. Mas como tudo na vida, nada é tão simples assim. Há saltos qualitativos que não se dão da noite para o dia. Requerem o seu tempo. E a sua prática! A sua persistência, perseverança… a sua paciência! Mas quando se dão, nada mais volta a ser como dantes (garantido). Às vezes as respostas estão bem diante dos nossos olhos, simplesmente à espera de serem vistas. E compreendidas. Porém, a pergunta a fazer talvez seja: estamos nós dispostos a aceitar o que nos vem “de fora” como algo que apenas nos espelha e mostra algo sobre “o dentro” de nós mesmos? Porque será que precisamos de um espelho para “enxergar” como está o nosso aspecto antes de sairmos de casa? Porque somente um olhar “de fora” nos mostra como realmente estamos e a forma como aparecemos perante o mundo. Sem um espelho é impossível fazer um reparo que seja no cabelo desgrenhado, no resquício de alimento nos dentes, ou nos macaquitos que pularam a cerca do nariz… :) Esta ideia de que o inconsciente de cada um encontra sempre maneira de se manifestar na vida de uma pessoa (por doenças, acidentes, incidentes, circuns-tâncias e demais importâncias) está longe de ser uma visão “mística” das coisas.” 

 Espelho meu, Espelho meu... (Haverá Melhor Reflexo do Que Eu?)

de Sara Ferreira

October 24

Vivências em Peri-Morte ou Experiências de Quase Morte (EQMS)

EDIÇÃO Nº17 | FEVEREIRO - MARÇO | 2014

BREVE EXCERTO

“As EQMs podem ser integradas na ampla panólia de fenómenos que consideramos como de expansão da Consciência. Acontecem, particularmente, em situações de paragem cárdio-respiratória, acontecendo também em casos de coma e em pacientes anestesiados (menos frequente). Mais adiante voltaremos a esta ideia, quando abordarmos os aspectos dinâmicos deste fenómeno, a todos os títulos, intrigante e de fundamentos elucidativos ainda desconhecidos (apesar da pressa em os justificar fisiologicamente por parte de uma certa franja, fundamentalista, da comunidade científica, com medo que se descubra....bom, sei lá o quê.)

Esta situação é, quanto a nós, que partimos há cerca de 25 anos de uma posição céptica ao observarmos o primeiro caso, algo que hoje se apresenta como inquestionável do ponto de vista da sua veracidade. As explicações avançadas até ao momento, para fundamentar o seu aparecimento e dinâmica, afiguram- se (como deixámos antever no primeiro parágrafo) pouco consistentes e até algo forçadas. Referimo-nos não só às tentativas de fundamentação orgânico-mecanicistas (tantas vezes arrogantes e mergulhadas em “cadinhos de experimentação” animal não humana e, por isso, não extrapoláveis para a nossa espécie…neste contexto), mas também a toda uma panólia de argumentos “ultra-espiritualistas” que não nos parecem satisfazer, minimamente, os critérios mínimos para que possamos chegar ao porquê das EQMs.“

 Vivências em Peri-Morte ou Experiências de Quase Morte (EQMS), como Fenómenos de Expansão da Consciência!?

de Manuel Domingos

October 24

Raça ou Espécie? Onde V. Se Coloca?

EDIÇÃO Nº17 | FEVEREIRO - MARÇO | 2014

BREVE EXCERTO

”Na realidade, partindo da primeira célula com capacidade replicativa (eucarionte) e dos numerosos estudos genômicos já efetivados, encontramos provas evidentes desse processo evolutivo, onde segmentos genômicos, como os SINES (Short Interspersed Nuclear ElementS) e LINES (de “Long Interspersed Nuclear ElementS”) – bem como as CASPs (de “Critical Assessment of Structure Predictions”) proteômicas –, confirmam essa universalidade originária e nos permitem não só a predição, identificação, distribuição, interações, dinâmica e padrões das proteínas dos sistemas vivos, que realizam esse maravilhoso espetáculo da evolução e dessa sinfonia genômica, apesar da sua intrincada e diversificada representação meramente fenotípica. Assim, desde o mais simples organismo, como uma bactéria ou uma levedura, não só a imensa gama de genes, como suas funções e estruturas (v. g. SINES, LINES E CASPs), evidenciam e comprovam a nossa origem e semelhança: na levedura Schizosaccharomyces pombe encontramos cerca de 50 genes de similaridade substancial com os genes causadores de doenças em humanos, sendo metade deles relacionada ao câncer; na galinha vemos cerca de 300 genes, já mapeados, que têm contrapartida humana; no rato, a diferença genômica com humanos gira em torno de 5% e nos macacos chimpanzés não chega a 2%! 

Nos estudos filogenéticos, os SINES – além de indicar parentescos – sinalizam qual espécie surgiu primeiro e qual o último ancestral comum numa determinada espécie que o contém, vez que a sua ausência (SINES) marca o “timing” do último ancestral da espécie que o tem em comum com outra em que ele (SINES) encontra-se ausente.”

 Raça ou Espécie? Onde V. Se Coloca?

de Remark Vale

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