July 01

Trabalhar em Tempo de covid: os prós e os contras do Teletrabalho

EDIÇÃO Nº50 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2020

RESUMO

O teletrabalho está, normalmente, associado à possibilidade que as organizações dão aos seus trabalhadores para realizarem as suas funções, à distância, fora dos seus locais convencionais, recorrendo a meio de telecomunicações ou tecnologias baseadas em computadores e telefones, e/ou plataformas digitais. Em 2020, o estado de emergência que se fez viver, em quase todo o mundo, - e em particular em Portugal -, de modo a evitar o contágio epidémico do Covid-19, trouxe consigo o distanciamento social (e, por conseguinte, o isolamento dos trabalhadores), acionando-se como respostas o isolamento profilático e/ou o teletrabalho. O objetivo do artigo que se apresenta é refletir sobre o teletrabalho, como prática organizacional/institucional, em duas dimensões: i. como prática gestionária das organizações; e, ii. como estratégia política na gestão de crises, em cenário de catástrofes/calamidades. Faz-se uma revisão de literatura, recuperando-se e sintetizando-se a definição do conceito de teletrabalho, e circunscrevem-se as suas vantagens e desvantagens, para os diferentes interlocutores, que a este têm recorrido. Numa segunda parte, sob inspiração das abordagens das teorias do caos e da complexidade, discorre-se sobre a relação do teletrabalho e os cenários de crise. Na sequência das problemáticas levantadas, apresentam-se, ainda, os desafios que o teletrabalho tem enfrentado; terminando com sugestões e conselhos, quer na sua dimensão organizacional, quer para o cenário português do Covid-19. Não obstante, esta forma de organizar o trabalho, cuja grande virtude, e virtualidade, é a flexibilização, não tem agregado um generalizado consenso. O que é certo, num mundo globalizado, cada vez mais incerto, é que o teletrabalho tem aparecido sempre como a fórmula milagrosa para que as organizações, os Estados e até mesmo os países possam continuar a funcionar. Será que com o Covid-19 o teletrabalho veio para ficar? Talvez sim, talvez não. A sua história revela-nos altos e baixos na sua adoção. Contudo, é indiscutível que é nos cenários de desordem e complexidade que este emerge como tábua de salvação. Possivelmente, esta atual pandemia global fará com que se pense melhor nele, nos seus prós e nos seus contras; e, contribua, assim, para a sua melhoria, enquanto estratégia futura na gestão de crises.

 

Trabalhar em Tempo de covid: os prós e os contras do TeleTrabalho

De Margarida Piteira

July 01

Violência, vírus e onde estes se encontram?

EDIÇÃO Nº50 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2020

BREVE EXCERTO

“A violência doméstica, um problema bem real que ninguém pode ficar indiferente...hoje uma, amanhã duas... passados meses podem ser dezenas!

 Nos últimos anos a comunicação social, o Estado e a sociedade em geral têm-se debruçado sobre a violência doméstica, com mais campanhas de publicidade no sentido preventivo e houve de facto uma maior sensibilização por parte da sociedade e dos legisladores que com as suas acções diminuíram um pouco o aumento de mortes em caso de violência doméstica.

Foi um caminho longo que durou anos, apesar deste ter sido tortuoso, conseguimos que o Estado aprovasse a lei e considerasse a violência doméstica um crime público, ou seja para além da própria vítima de violência doméstica ,qualquer cidadão que tivesse conhecimento de um caso de violência doméstica podia denunciar de forma imediata e com ela se iniciava um processo criminal.“

 

Violência, vírus e onde estes se encontram?

De Maria Teresa Preto

July 01

Psicoterapia em tempos de pandemia covid-19

EDIÇÃO Nº50 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2020

BREVE EXCERTO

“A psicoterapia é um processo mediado por um profissional especializado, que tem como objectivo crucial, alcançar “mudanças” de modo a aumentar o bem-estar e equilíbrio psicológico. É um meio que pode favorecer a capacidade da pessoa que a procura para gerir com autonomia e eficiência os desafios que a vida lhe coloca.

Nesta linha de raciocínio, podemos definir a psicoterapia individual como o tratamento através de métodos psicológicos de problemas de natureza emocional, donde uma pessoa (o paciente) estabelece deliberadamente uma “relação profissional” com outra pessoa (o terapeuta) que o ajudará a “remover” e “modificar” sintomas de mal-estar existentes, prevenir alguns outros, integrar comportamentos e promover o crescimento.

 Sabemos que a situação atípica imposta pela pandemia covid-19 tem gerado ansiedade, stress, medo e pode ainda ter agudizado algumas situações clínicas pré-existentes. Este é sem dúvida um momento de maior vulnerabilidade, e por isso, precisamos de estar mais atentos a nós próprios para ser possível apaziguar os nossos medos, controlar a ansiedade e diminuir o stress para tentar alcançar alguma serenidade. Neste sentido, urge lembrar que o processo de psicoterapia, entre outras coisas, facilitará a expressão dos sentimentos, uma vez que estes, normalmente, não se expressam de um modo directo, aparecendo em forma de símbolos através dos comportamentos, que serão compreendidos, traduzidos, integrados e se necessário modificados.“

 

Psicoterapia em tempos de pandemia covid-19

De Tânia da Cunha

July 01

Como gerir a sobrecarga emocional!

EDIÇÃO Nº50 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2020

BREVE EXCERTO

“Emoções como a tristeza, depressão e ansiedade são universalmente conhecidas por todos os seres humanos e respostas normais perante determinadas circunstâncias de vida.

Porém, quando as exigências do meio se tornam demasiado intensas e prolongadas no tempo e se assiste a um acumular de tensões internas, poderá experienciar-se uma saturação emocional com maior duração e a persistência dos sintomas, comprometendo a funcionalidade do indivíduo.

Nestas situações, é comum a ocorrência de pensamentos negativos mais frequentes relacionados com medo, falta de esperança e ameaça que condicionam a interpretação da realidade e que poderão levar ao aparecimento de sintomas com uma expressão física e psicológica mais penosa e desconfortável.

Quando o indivíduo de sente sobrecarregado emocionalmente, poderá ter uma reação desproporcional a situações banais no dia-a-dia, bem como uma menor tolerância e maior irritabilidade na relação com os outros. É igualmente comum uma maior sugestionabilidade, nomeadamente choro fácil, acessos de zanga e raiva, ansiedade frequente, bem como dificuldade em se concentrar na realização de tarefas, cansaço físico e dificuldades em dormir.“

 

Como gerir a sobrecarga emocional!

De Joana Valério

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