January 01
Origem das Mentiras em Terapia
EDIÇÃO Nº48 | JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO | 2019
BREVE EXCERTO
“Cada vez mais a investigação tem recaído sobre as características dos pacientes e as características do terapeuta como factores chave no que diz respeito aos resultados da psicoterapia.
Se, por um lado, as características do terapeuta se mostram cruciais no bom início e desenrolar terapêuticos, nomeadamente na criação e manutenção da aliança terapêutica, por outro lado, as características do paciente não se mostram menos importantes, fazendo variar o funcionamento da terapia através da sua motivação, trabalho introspectivo semanal e, mesmo, a sua rigidez esquemática aplicada ao pensamento sobre si próprio.
É certo que o terapeuta trabalha com o paciente mediante os objectivos pré-estabelecidos, de acordo com a descrição da queixa e da história de vida relatadas pelo paciente, bem como pelos relatos das experiências de vida do paciente ao longo da terapia. Assim, o terapeuta só sabe o que o paciente lhe conta, dependendo destas informações para iniciar e desenrolar, da melhor forma, o processo terapêutico.
E se o paciente mentir? Se omitir informação? Se diversas experiências não forem contadas? E se o terapeuta não conseguir proporcionar segurança ao paciente? Se não for ao encontro do que este necessita?“
Origem das Mentiras em Terapia
De Tiago A. G. Fonseca